SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
SECRETARIA GERAL DOS CONSELHOS SUPERIORES
DELIBERAÇÃO Nº 028/2006
CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
EM 13 DE OUTUBRO DE 2006
Dispõe sobre a criação do curso de Educação Profissional Técnico em Eletrotécnica na Modalidade Integrada ao Ensino Médio.
O Reitor em exercício da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, na qualidade de Presidente em exercício do CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO, tendo em vista decisão deste Conselho, tomada em reunião do dia 13 de outubro de 2006, Ata 440,
D E L I B E R A :
Art. 1º Criar no Colégio Técnico Industrial Professor Mário Alquati o Curso de Educação Profissional Técnico em Eletrotécnica na Modalidade Integrada ao Ensino Médio, conforme caracterizado nos Anexos I, II, III e IV.
Art. 2º Criar as disciplinas da área profissional de Eletrotécnica no CTI, arroladas no ementário respectivo, conforme Anexo II.
Art. 3º A presente Deliberação entra em vigor nesta data.
Prof. MSc. Ernesto Luiz Casares Pinto
PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DO COEPE
Anexo I
===================================================================================
Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Colégio Técnico Industrial Professor Mário Alquati
Curso de Educação Profissional
Técnico em Eletrotécnica *
na Modalidade Integrada ao Ensino Médio
===================================================================================
PROJETO PEDAGÓGICO
1. Objetivos
· Proporcionar aos alunos uma formação integral, ressaltando aspectos humanísticos e científico-tecnológicos, bem como o preparo para o trabalho e a vida;
· Ampliar as possibilidades de ingresso no mundo do trabalho para os profissionais, através de uma formação de qualidade, tradicionalmente oferecida por este Colégio;
· Atender as necessidades do mercado, de profissionais capacitados para o exercício das atividades atribuídas ao profissional formado pelo curso de Eletrotécnica;
· Auxiliar no desenvolvimento da região em que o CTI está inserido, atuando em conjunto com as esferas municipal, estadual e federal em programas de incentivo à novas oportunidades de geração de emprego e renda, nas áreas de formação profissional em que o CTI atua;
· Habilitar os alunos para o prosseguimento de estudos, como meio de continuamente evoluir e transformar a sua realidade.
2. Caracterização da área
Compreende processos, contínuos ou discretos, de transformação de matérias primas na fabricação de bens de consumo ou de produção. Esses processos pressupõem uma infra-estrutura de energia e de redes de comunicação. Os processos contínuos são automatizados e transformam materiais, substâncias ou objetos ininterruptamente podendo conter operações biofisicoquímicas durante o processo. Os discretos, não contínuos, que geralmente requerem a intervenção direta do profissional caracterizam-se por operações físicas de controle das formas dos produtos. Com a crescente automação, os processos discretos tendem a assemelhar-se aos processos contínuos, de modo que o profissional interfira de forma indireta por meio de sistemas microprocessados. A presença humana, contudo, é indispensável para o controle, em ambos os processos, demandando um profissional apto para desenvolver atividades de planejamento, instalação, operação, manutenção, qualidade e produtividade. As atividades industriais de maior destaque, excluídas as da indústria química, são as de mecânica, eletroeletrônica, automotiva, gráfica, metalurgia, siderurgia, calçados, vestuário, madeira e mobiliário e artefatos de plástico, borracha, cerâmica e tecidos, automação de sistemas, refrigeração e ar condicionado. (Cfe. Resolução CNE/CEB 04/99).
3. Competências profissionais gerais do técnico da área
· Coordenar e desenvolver equipes de trabalho que atuam na instalação, na produção e na manutenção, aplicando métodos e técnicas de gestão administrativa e de pessoas.
· Aplicar normas técnicas de saúde e segurança no trabalho e de controle de qualidade no processo industrial.
· Aplicar normas técnicas e especificações de catálogos, manuais e tabelas em projetos, em processos de fabricação, na instalação de máquinas e de equipamentos e na manutenção industrial.
· Elaborar planilha de custos de fabricação e de manutenção de máquinas e equipamentos, considerando a relação custo e benefício.
· Aplicar métodos, processos e logística na produção, instalação e manutenção.
· Projetar produto, ferramentas, máquinas e equipamentos, utilizando técnicas de desenho e de representação gráfica com seus fundamentos matemáticos e geométricos.
· Elaborar projetos, leiautes, diagramas e esquemas, correlacionando-os com as normas técnicas e com os princípios científicos e tecnológicos.
· Aplicar técnicas de medição e ensaios visando a melhoria da qualidade de produtos e serviços da planta industrial.
· Avaliar as características e propriedades dos materiais, insumos e elementos de máquinas, correlacionando-as com seus fundamentos matemáticos, físicos e químicos para a aplicação nos processos de controle de qualidade.
· Desenvolver projetos de manutenção de instalações e de sistemas industriais, caracterizando e determinando aplicações de materiais, acessórios, dispositivos, instrumentos, equipamentos e máquinas.
· Projetar melhorias nos sistemas convencionais de produção, instalação e manutenção, propondo incorporação de novas tecnologias.
· Identificar os elementos de conversão, transformação, transporte e distribuição de energia, aplicando-os nos trabalhos de implantação e manutenção do processo produtivo.
· Coordenar atividades de utilização e conservação de energia, propondo a racionalização de uso e de fontes alternativas. (Cfe. Resolução CNE/CEB 04/99).
Obs.: Competências específicas adicionais poderão ser definidas pela escola para completar o currículo, em função do perfil profissional de conclusão da habilitação.
4. Duração: 4 anos
5. Regime: seriado anual (para promoção, o aluno deverá ser aprovado na série, com possibilidade de dependência, conforme o Regimento do CTI)
6. Turno: Diurno (aulas pela manhã e à tarde)
7. Número de vagas: Determinado a cada novo período letivo a partir da análise da capacidade de atendimento da escola, considerados os recursos físicos e humanos.
8. Ingresso: na 1a série, através de concurso público específico, exigindo-se que o candidato seja egresso ou concluinte do Ensino Fundamental.
Obs.: Para cada processo de ingresso, os critérios específicos do concurso, suas etapas e cronograma de execução serão apresentados em edital, e será dada ampla divulgação do processo nos meios de comunicação locais, regionais e pela Internet.
9. Distribuição da carga horária:
Resumo
Área ou componente do Curso |
CH proposta |
Res. CNE/CEB 01/2005 |
|
|
Mínimo |
Decorrente |
|||
Ensino Médio |
2416 h |
2400 h |
|
|
Habilitação Técnica na Área de Eletrotécnica (Indústria) |
1362 h |
1200 h |
|
|
Atividades comuns |
420 h |
|
400 h(**) |
|
Área de Eletrotécnica (exclusivas) |
942 h |
|
800 h(**) |
|
CH Total 2416 + 1362 - 420 = |
3358 h (*) |
3200 h(**) |
|
|
(*) O curso tem previstas 2.416 horas para as atividades relacionadas ao Ensino Médio e 1.362 horas para as atividades consideradas como de formação da Educação Profissional. Há uma carga de atividades comum entre as modalidades de ensino médio e educação profissional, de 420 horas, característica da integração entre estas. Incluem-se 52 horas de atividades extra-classe em cada série.
(**) Os artigos 5º e 6º da Res. CNE/CEB 01/2005, prescrevem para os cursos de Educação Profissional Técnica, no mínimo 3.000 horas para as habilitações profissionais que exigem mínimo de 800 horas de carga horária mínima exigida pela respectiva habilitação profissional; 3.100 horas para aquelas que exigem mínimo de 1.000 horas e 3.200 horas para aquelas que exigem mínimo de 1.200 horas, considerada a carga horária mínima do Ensino Médio nas modalidades regular (2.400 horas) ou de Educação de Jovens e Adultos (1.200 horas). Assim, no caso da Eletrotécnica - área Indústria (mínima profissional de 1.200 horas, e mínimo Ensino Médio de 2.400 horas, total 3.600 horas), depreende-se que, das 3.200 horas, 400 (33% das profissionais) podem ser compartilhadas pelas duas modalidades no mesmo curso, e 800 devem ser exclusivas da Educação Profissional. No curso do CTI, as 2.400 horas do Ensino Médio são atendidas e a Educação Profissional exclusiva compreende 1.362 horas menos 420 horas compartilhadas, ou seja, 942 horas.
Por série (*)
|
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
Total |
|
Ensino Médio |
490 |
490 |
490 |
350 |
1820 |
|
Disciplinas Comuns Entre Ensino Médio e Educação Profissional |
210 |
70 |
0 |
140 |
420 |
|
Educação Profissional |
70 |
210 |
280 |
350 |
910 |
|
Atividades Extra-Classe |
Ensino Médio |
44 |
44 |
44 |
44 |
176 |
Educação Profissional |
8 |
8 |
8 |
8 |
32 |
|
Total |
52 |
52 |
52 |
52 |
208 |
|
Totais |
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
|
|
Ensino Médio |
744 |
604 |
534 |
534 |
2416 |
|
Educação Profissional |
288 |
288 |
288 |
498 |
1362 |
|
Total Geral (**) |
822 |
822 |
822 |
892 |
3358 |
(*) Detalhamento no Anexo IV GRADE CURRICULAR.
(**) Totais calculados como segue:
Ensino Médio = Ensino Médio + Comuns + Extra-classe
Profissional = Profissional + Comuns + Extra-classe
Total = Ensino Médio + Profissional - Comuns
10. Organização curricular
a) Princípios norteadores
· A preparação básica para o trabalho e a consideração deste como um princípio educativo;
· A articulação com o mundo do trabalho e com a cidadania;
· Respeito às características sócio-culturais do meio e sua contextualização;
· A educação ambiental;
· A interdisciplinaridade, como meio de integração e construção do conhecimento;
· Respeito aos valores estéticos, políticos e éticos;
· Condução ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
b) Estrutura Geral
· O Curso tem três fases: Ensino Médio, Ensino Profissional e Comum.
· A mesma e única fase Comum entende-se compreendida tanto pelo Ensino Médio como pelo Ensino Profissional, e é formada por um subconjunto de disciplinas do elenco do Ensino Médio.
· A fase de Ensino Médio se compõe do conjunto de disciplinas compartilhadas pelos demais cursos de Educação Profissional na Modalidade Integrada ao Ensino Médio e as disciplinas da fase Comum específica, listadas no Anexo III.
· A fase de Ensino Profissional se compõe do conjunto de disciplinas específicas descritas no Anexo II e as disciplinas da fase Comum específica, listadas no Anexo III.
· Há disciplinas de Ensino Médio e de Educação Profissional em cada uma das séries.
· Os conteúdos relativos ao Ensino Médio e os da formação Profissional são complementares e vão de uma predominância de carga horária dedicada ao Ensino Médio na 1a. série, a uma predominância da carga horária profissional na 4a. série.
· A composição das séries é delineada na Grade Curricular apresentada no Anexo IV.
c) Estágio
Compreendido como instrumento de aprendizagem, inclui-se um estágio obrigatório para a conclusão do Curso, com carga horária mínima definida nos planos de curso e regulamentado em instrumento próprio, com a execução pelos alunos acompanhada pelas Divisões de Ensino e Coordenadoria de Relações Empresariais (carga horária não computada no mínimo exigido para a realização do curso integrado, conforme legislação vigente).
11. Metodologia
a) Princípios gerais
· Busca-se a formação integral do educando, articulando as modalidades de ensino Médio e Profissional, sem que suas qualidades sejam diminuídas.
· A educação integrada visa a formação de um indivíduo completo, atuante e transformador da sociedade em que vive, com capacidade de julgamento e preparado para o mundo do trabalho.
· O prosseguimento de estudos em nível superior também é incentivado, como uma maneira de fazer com que o indivíduo continuamente evolua e possa participar de uma sociedade tecnológica e em constante mudança.
· Pratica-se a interdisciplinaridade, com a interação dos educadores, tanto entre os que atuam nas diferentes áreas de conhecimento do Ensino Médio, quanto entre estes e os que atuam na Educação Profissional.
· O professorado deve buscar uma prática voltada para a organização de atividades didáticas integradoras, deixando de ser transmissor de conteúdos, tornando-se gestor do conhecimento e facilitador da construção deste por seus alunos. Para tanto, algumas práticas recomendadas são:
· promoção da interdisciplinaridade, não apenas entre disciplinas da educação básica, mas também entre educação básica e educação profissional;
· desenvolvimento de atividades que permitam ao aluno construir seu conhecimento em sala de aula, como a experimentação e a execução de projetos;
· contextualização dos saberes, quando possível, para situar e dar significado ao aprendizado;
· incentivo à participação do aluno, estimulando a autonomia intelectual e a capacidade de continuar aprendendo;
· desenvolvimento de atividades multidisciplinares que oportunizem o contato do aluno com ambientes, situações e ações reais do mundo do trabalho e da vida e de trabalho, como projetos de extensão, saídas de campo e visitas técnicas;
· Empregam-se atividades de projeto como instrumentos de aprendizado e como forma adequada de equilibrar teoria e prática, motivando o aluno a estudar, fixar conhecimentos e pô-los em prática, além de desenvolver a capacidade de auto-aprendizado, trabalho em equipe e espírito crítico-reflexivo, visando aproximar o aprendizado ao mundo do trabalho.
· Promovem-se outras atividades, como palestras com profissionais da área, visitas técnicas, participação em feiras, congressos e seminários técnicos, pesquisas, estudos de fundamentação e oficinas de prática profissional.
Obs.: Para viabilizar este ponto da Metodologia, há a necessidade de, entre outros:
¾ manter uma estrutura de laboratórios com equipamentos e software adequados às necessidades da prática;
¾ contratar instrutores e consultores, de acordo com as necessidade dos projetos, para darem orientação e capacitação técnica aos alunos;
¾ constante atualização e aperfeiçoamento do corpo de professores permanentes do curso;
¾ parcerias entre agentes da sociedade e do mundo do trabalho para a vivência da prática entre os alunos em formação.
· É fundamental o diagnóstico oportuno das falhas de aprendizagem e sua divulgação ao aluno, para que se possa realizar sua recuperação, para o que se lançará mão dos atendimentos extra-classe por parte de professores e monitores; da realização de atividades extras de pesquisa e práticas orientadas; do espaço disponibilizado em Rede de material de apoio ao aprendizado, como apostilas, notas de aula, trabalhos e exemplos, publicamente acessíveis; do uso de ferramentas como mensagens instantâneas, e-mail e fóruns de discussão; e da disponibilização do uso dos laboratórios de informática do CTI aos alunos em horários alternativos possibilitando a pesquisa na Internet.
b) Execução curricular
· A carga horária de cada disciplina é dada em horas efetivas de 60 minutos, que devem ser integralmente cumpridas.
· A distribuição do tempo de aulas em classe, bem como de aulas em laboratório (ou de qualquer atividade prática) depende de programação feita a cada período letivo, podendo ou não se caracterizar por uma grade de horários semanal fixa.
· Prevê-se, em princípio, 38 semanas letivas por ano, incluindo 13 sábados de atividades extraclasse por ano, com 4 horas de duração (tal distribuição pode ter que ser ajustada em função de variações de calendário).
· O calendário de 200 dias letivos deve incluir o mesmo número de dias para cada dia da semana, compensando-se aos sábados os dias em déficit.
· Feriados e aproveitamento de turnos ou dias regulares para atividades extra-classe (visitas, viagens etc.) são recuperadas aos sábados.
· Prevê-se 52 horas de atividades extra-classe.
· A programação das atividades escolares, de projetos ou outras atividades deve ser feita a priori, com abertura para aproveitamento de oportunidades que surgirem, fazendo-se a devida adequação no cronograma geral do Curso ou de disciplinas.
12. Avaliação
A avaliação como instrumento diagnóstico e processual, deve ser continuada e integrada ao processo de aprendizagem, e não apenas um mecanismo de aprovação ou reprovação.
São obedecidos os seguintes princípios (conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e a legislação complementar):
· avaliação contínua e cumulativa, observados os critérios quantitativos e qualitativos (com prevalência destes) do desempenho discente nas diversas situações de aprendizagem;
· freqüência mínima de 75% de participação nas atividades regulares do ano escolar;
· estudos de recuperação obrigatórios e desenvolvidos de forma contínua e paralela às atividades didático-pedagógicas de sala de aula.
Todo o processo é facilitado por estratégias de aprendizagem como a realização de projetos e trabalhos práticos, fundamentados por uma base teórica sólida, envolvendo o exercício da busca de soluções para os seus principais desafios, subsidiados ou assessorados por docentes, procurando assim desenvolver simultaneamente o saber, o fazer, o saber fazer e o saber ser.
Cada um desses saberes deve ser avaliado de forma diferente:
· Atitudes e posturas diante dos desafios propostos (saber ser) podem ser avaliadas mediante observação contínua dos alunos durante a realização de suas atividades.
· O conhecimento do aluno (saber) pode ser avaliado através de provas e testes apresentando questões contextualizadas, além de trabalhos práticos e de pesquisa.
· Habilidades e competências desenvolvidas pelo aluno (fazer e saber fazer) serão verificadas em atividades práticas ou no desenvolvimento de projetos.
Todos estes elementos são utilizados para a avaliação completa do aluno, certificando as competências adquiridas ao longo do curso e detectando falhas na aprendizagem.
Por fim, além da recuperação do aprendizado, é fundamental que esta possa ser avaliada, para fins diagnósticos da evolução do aluno. Torna-se imperativa, e será prática dos cursos integrados, a avaliação contínua, evitando-se a idéia de uma única avaliação por período letivo, para que, além da avaliação do processo normal de aprendizado, avalie-se também a recuperação dos alunos que tiverem falhas na aprendizagem.
13. Certificação
Os seguintes elementos legais condicionam a certificação do Curso:
a) Decreto Lei 5.154/2004
Art. 7º Os cursos de educação profissional técnica de nível médio e os cursos de educação profissional tecnológica de graduação conduzem à diplomação após sua conclusão com aproveitamento.
Parágrafo único. Para a obtenção do diploma de técnico de nível médio, o aluno deverá concluir seus estudos de educação profissional técnica de nível médio e de ensino médio.
b) Parecer CNE/CEB nº 39/2004
Como se trata de um curso único, realizado de forma integrada e interdependente, não será possível concluir o Ensino Médio de forma independente da conclusão do ensino técnico de nível médio, nem o inverso. Portanto, fica inteiramente fora de cogitação a concessão de certificado de conclusão do Ensino Médio, para fins de continuidade de estudos, mesmo a quem completar o mínimo de 2.400 horas em três anos, em curso desenvolvido na forma integrada com duração prevista superior a três anos.
Anexo II
===================================================================================
Curso de Educação Profissional
Técnico em Eletrotécnica
na Modalidade Integrada ao Ensino Médio
===================================================================================
EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Obs.: Todas as disciplinas seguem o Sistema I de avaliação. O código de cada uma está por ser determinado.
Disciplina |
Automação Industrial |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Introdução. Histórico. Objetivos da automação. Efeitos da automação. Controle de processos. Definições. Simbologia. Medição de variáveis do processo. Válvulas de controle. Controladores lógico-programáveis. Linguagens de programação. Linguagem de diagrama de contatos (ladder). Aplicações. Modos de controle. IHM. Sistemas SCADA. Projeto de sistemas automatizados. |
Disciplina |
Corrente Alternada |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Indução eletromagnética. Lei de Faraday. Lei de Lenz. Correntes de Foucault. Auto-indução. Indução mútua. Princípio de funcionamento de um transformador. Princípio de funcionamento de um alternador. Freqüência. Período. Valor máximo. Valor instantâneo. Valor eficaz. Valor médio. Circuitos: puramente resistivo, puramente capacitivo, puramente indutivo. Circuito RLC: em série, paralelo, misto. Potência em C.A.: ativa, reativa, aparente. Triângulo das potências. Fator de potência. Métodos de correção do fator de potência. Sistemas trifásicos. Ligação estrela. Ligação triângulo. Transformações Y ® D e D ® Y. Potência em circuitos trifásicos. Correção do fator de potência em circuitos trifásicos. |
Disciplina |
Dimensionamento I |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
A luz. Fotometria. Leis fundamentais da iluminação. Sistemas de cores. Projeto de iluminação. Fontes de luz artificial. Luminárias. Cálculo de iluminação (Método dos lumens, ponto a ponto). Verificação da iluminância de interiores. Projeto: conceitos, atribuições e responsabilidade profissional. Projeto de instalações elétricas prediais. Previsão de cargas da instalação elétrica. Demanda de energia de uma instalação elétrica. Divisão da instalação em circuitos. Fornecimento de energia. Dimensionamento de condutores elétricos (critério da capacidade de condução de corrente e critério da queda de tensão). Dimensionamento de eletrodutos. Dispositivos de proteção contra sobrecorrentes. |
Disciplina |
Dimensionamento II |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Circuitos em anel. Dimensionamento de condutores elétricos para circuitos com motores. Dimensionamento de condutos. Dispositivos de proteção. Coordenação e seletividade. |
Disciplina |
Eletrônica I |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Simbologia eletrônica. Resistores lineares e não lineares. Capacitores. Teoria dos semicondutores. Fontes de alimentação com semicondutores. Transistor bipolar. |
Disciplina |
Eletrônica II |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Transistores bipolares. Amplificadores transistorizados. Amplificadores de pequenos sinais. Fontes de alimentação estabilizadas. Fontes reguladas com circuitos integrados fixos e variáveis. Semicondutores especiais. Família MOS-FET. Foto Transistor. Tiristores: TRIAC, DIAC, UJT e PUT. Circuitos integrados especiais. Fundamentos de eletrônica digital. |
Disciplina |
Instalações Elétricas Industriais I |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Comando manual e automático. Contator. Simbologia. Botões de comando. Contatos principais e auxiliares. Circuitos experimentais de comando. Motor assíncrono trifásico de uma velocidade. Sobrecorrentes nos motores trifásicos. Relé térmico de sobrecarga. Curto-circuito. Fusíveis industriais. Chave magnética direta. Sinalizadores luminosos e sonoros. Chave magnética direta de reversão. Corrente de partida dos motores assíncronos trifásicos. Relé temporizado ao trabalho. Partida estrela-triângulo. |
Disciplina |
Instalações Elétricas Industriais II |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Partida indireta compensada. Motor assíncrono trifásico de rotor bobinado. Motor assíncrono trifásico de múltiplas velocidades. Sensores de proximidade. Controlador de temperatura. Chave soft starter. Inversor de freqüência. Análise detalhada dos circuitos principal e auxiliar de uma pequena instalação industrial. |
Disciplina |
Instalações Elétricas Prediais |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Grandezas elétricas. Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Condutores, resistores e isolantes. Lei de Ohm. Triângulo das potências. Medição de energia elétrica. Simbologia. Diagramas multifilar, unifilar e funcional. Emenda de condutores. Sistemas elétricos (interruptores de uma seção, de duas seções, paralelo e intermediário, tomadas). Minuteira. Instalação de lâmpadas incandescentes e fluorescentes. Instalação de fotocélula. Instalação de campainha. Instalação de sensores de presença. Instalação de telefone. Instalação de medidor monofásico. Instalação de motores monofásicos e trifásicos. Instalação de quadro terminal. |
Disciplina |
Máquinas elétricas |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Geração de força eletromotriz. Resistência. Indutância e capacitância. Sistemas monofásicos e trifásicos. Correção do fator de potência. Transformadores. Medição de potência. Motores de indução. |
Disciplina |
Projeto auxiliado por computador |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Introdução. Conceitos fundamentais. Origem do desenho técnico e Normalização. Geometria. Desenho projetivo e perspectiva. Determinação da perspectiva. Aplicação de linhas em desenhos. Projeção Ortogonal. Escalas. Cotas. Cortes. Planta baixa. Ferramentas computacionais. Comandos de construção. Comandos de precisão. Comandos de Visualização. Comandos de Edição. Textos. Hachuras. Blocos. Níveis de Trabalho. Dimensionamento. Ambientes de trabalho. Impressão. Customização. Alterada cfe. Anexo III da Del. 001/2007 da 6ª Câmara do COEPE |
Disciplina |
Projeto de Instalações Elétricas Prediais |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Projeto de uma instalação elétrica predial. |
Disciplina |
Redes elétricas |
Carga horária |
70 horas |
Ementa |
Dimensionamento de transformadores. Transformadores em cascata. Cálculo do banco de capacitores. Dimensionamento dos TIs. |
Anexo III
===================================================================================
Curso de Educação Profissional
Técnico em Eletrotécnica
na Modalidade Integrada ao Ensino Médio
===================================================================================
DISCIPLINAS DO ENSINO MÉDIO
As seguintes disciplinas do Elenco do Ensino Médio para os Cursos de Educação Profissional na Modalidade Integrada ao Ensino Médio integram o Curso de Técnico em Eletrotécnica:
Biologia I 70 h Biologia II 70 h Educação Artística 70 h Educação Física I 70 h Educação Física II 70 h Educação Física III 70 h Educação Física IV 70 h Física I 70 h Física II 140 h Física III 140 h Física IV 70 h Geografia I 70 h Gestão Empresarial 70 h História I 70 h História II / Geografia II 70 h Língua Estrangeira Inglês 70 h Língua Estrangeira Espanhol 70 h |
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira I 70 h Língua Portuguesa e Literatura Brasileira II 70 h Língua Portuguesa eLiteratura Brasileira III 70 h Língua Portuguesa eLiteratura Brasileira IV 70 h Matemática I 140 h Matemática II 70 h Matemática III 70 h Matemática IV 70 h Microinformática 70 h Química I 70 h Química II 70 h Química III 70 h Sociologia e Filosofia 70 h |
Total: 2240 h
DISCIPLINAS DA ÁREA COMUM
As seguintes disciplinas integram a fase Comum (Ensino Médio e Profissional) do Curso de Técnico em Eletrotécnica:
Educação Artística 70 h
Física III 140 h
Física IV 70 h
Gestão Empresarial 70 h
MicroInformática 70 h
Total 420 h
ANEXO IV - GRADE CURRICULAR
Curso de Educação Profissional Técnico em Eletrotécnica na Modalidade Integrada ao Ensino Médio GRADE CURRICULAR
Ensino Médio |
|
||||||||||
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
|
|
||||||
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
|
|
||
Educação Física I |
70 |
Educação Física II |
70 |
Educação Física III |
70 |
Educação Física IV |
70 |
|
|
||
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira I |
70 |
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira II |
70 |
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira III |
70 |
Língua Portuguesa e Literatura Brasileira IV |
70 |
|
|
||
Língua Estrangeira Inglês (*) |
70 |
Química I |
70 |
Química II |
70 |
Química III |
70 |
|
|
||
Língua Estrangeira Espanhol(*) |
70 |
|
|
Sociologia e Filosofia |
70 |
|
|
|
|
||
Matemática I |
140 |
Matemática II |
70 |
Matemática III |
70 |
Matemática IV |
70 |
|
|
||
Física I |
70 |
Física II |
140 |
Biologia I |
70 |
Biologia II |
70 |
|
|
||
Geografia I |
70 |
História I |
70 |
História II / Geografia II |
70 |
|
|
|
|
||
Total |
490 |
Total |
490 |
Total |
490 |
Total |
350 |
|
|
||
(*) o estudante deve cursar uma das duas línguas estrangeiras.
Disciplinas Comuns Entre Ensino Médio e Educação Profissional |
|
|
|||||||||
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
|
|
||||||
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
|
|
||
Microinformática |
70 |
Educação Artística |
70 |
|
|
Gestão Empresarial |
70 |
|
|
||
Física III |
140 |
|
|
|
|
Física IV |
70 |
|
|
||
Total |
210 |
Total |
70 |
Total |
0 |
Total |
140 |
|
|
||
Educação Profissional (Eletrotécnica) |
|
|
|||||||||
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
|
|
||||||
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
|
|
||
Instalações Elétricas Prediais |
70 |
Eletrônica I |
70 |
Eletrônica II |
70 |
Redes Elétricas |
70 |
|
|
||
|
|
Corrente Alternada |
70 |
Instalações Elétricas Industriais I |
70 |
Instalações Elétricas Industriais II |
70 |
|
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||
|
|
Projeto Auxiliado por Computador |
70 |
Máquinas Elétricas |
70 |
Automação Industrial |
70 |
|
|
||
|
|
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|
Dimensionamento I |
70 |
Dimensionamento II |
70 |
|
|
||
|
|
|
|
|
|
Projeto de Instalações Elétricas |
70 |
|
|
||
Total |
70 |
Total |
210 |
Total |
280 |
Total |
350 |
|
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||
Atividades Extra-Classe |
|
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|||||||||
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
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||||||
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
Disciplina |
Horas |
|
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||
Ensino Médio |
44 |
Ensino Médio |
44 |
Ensino Médio |
44 |
Ensino Médio |
44 |
|
|
||
Educação Profissional |
8 |
Educação Profissional |
8 |
Educação Profissional |
8 |
Educação Profissional |
8 |
|
|
||
Total |
52 |
Total |
52 |
Total |
52 |
Total |
52 |
|
|
||
Totais de Carga Horária |
|
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|||||||||
1a Série |
2a Série |
3a Série |
4a Série |
|
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||||||
Ensino Médio |
744 |
Ensino Médio |
604 |
Ensino Médio |
534 |
Ensino Médio |
534 |
2416 |
|
||
Educação Profissional |
288 |
Educação Profissional |
288 |
Educação Profissional |
288 |
Educação Profissional |
498 |
1362 |
|
||
Total |
822 |
Total |
822 |
Total |
822 |
Total |
892 |
3358 |
|
||
Obs,: Os totais são calculados como segue:
Total EletroTécn = Ensino Médio EletroTécn + Profissional EletroTécn - Comuns
Ensino Médio EletroTécn = Ensino Médio + Comuns + Extra-classe Ensino Médio
Profissional EletroTécn = Profissional + Comuns + Extra-classe EletroTécn